Contextualizando o estudo da Millennium Ecosystem Assessment Board(2005), a biodiversidade e os ecossistemas também têm valor intrínseco, e, independente de sua utilidade, e que as pessoas tomam decisões ecossistêmicas baseados na consideração de seus próprios bem-estar e dos outros, bem como no valor intrínseco.
Admitindo-se que a biodiversidade tem um valor único pela sua essência, porque é considerada a importância da sua mensuração? Segundo (Araújo, 1998) sugeriu distinguir entre: quantificação de biodiversidade, quantificação de valor e definição de prioridades.
A partir dessa análise na quantificação de biodiversidade, se utilizar medidas matemáticas, podemos deparar com duas medidas de riqueza: uma específica e outra de densidade. Diante desse pressuposto, estima-se que há mais de 100 milhões de espécies no planeta, sendo que menos de 2% identificadas pelo homem.
Considerando quantificação de valor, inclui a explanação de propósitos, hipóteses e preferências, ou seja, há uma correlação em quais benefícios potenciais que um atributo confere a aspectos éticos, sociais, culturais, econômicos e científicos.
Ao definir prioridades quanto aos planos de manejo, uso indireto e desenvolvimento sustentável, defronta-se a questionamentos quanto exploração de ambientes não-renováveis ou circunstanciais a outros fatores externos.
Constata-se ao conceito de biodiversidade não está associado a um valor mas sim um conjunto diversificado de valores (Araújo, 1998 apud p.e., Spellerberg, 1992) com características diferentes, por vezes, contraditórias (Araújo, 1998).
O vídeo, mostra um dos biomas existentes no Brasil, e único no mundo, constituintes de valores inestimáveis para os seres:
A biodiversidade tem valor incomensurável para os humanos. As decisões sobre utilização ou abdicação de uso estão acima da sua valorização. Enquanto o homem continuar outorgando parâmetros de mensuração aos recursos ambientais, haverá conflitos e desestímulos à conservação, dando sentido inverso, incentivando a destruição.
Ao concluir, é imperativo a adoção de dispositivos ou metodologias que valorizem a biodiversidade que permitam a sua preservação. Cabe ao Homem a conscientização e ações como formas de legamos às futuras gerações, um ambiente equilibrado.
Referências Bibliográficas:
ARAÚJO, Miguel. Avaliação da biodiversidade em conservação. Silva Lusitana 6(1). EFN, Lisboa.Portugal.p 19-40, 1998.
Millennium Ecosystems Assentment, disponível em <http://www.millenniumassessment.org/documents/document.354.aspx.pdf> , consulta em 04/11/2018.
Imagens: Cecileny Cecilia (2018)